Resolução CFP nº 06/2018: Guia para Elaboração de Pareceres Psicológicos: Exemplo De Parecer Psicológico De Acordo Com A Resoluçao 06
Exemplo De Parecer Psicológico De Acordo Com A Resoluçao 06 – A Resolução CFP nº 06/2018 estabelece diretrizes essenciais para a construção de pareceres psicológicos, impactando diretamente a prática profissional e a responsabilidade ética dos psicólogos. Compreender seus preceitos é crucial para garantir a qualidade, a legalidade e a ética na produção desses documentos. Este guia oferece um panorama prático e informativo sobre a resolução, auxiliando na construção de pareceres que atendam às normas e princípios éticos da profissão.
Introdução à Resolução CFP nº 06/2018
A Resolução CFP nº 06/2018, publicada em 2018 pelo Conselho Federal de Psicologia, regulamenta a elaboração de documentos escritos pelos psicólogos, incluindo os pareceres. Ela visa garantir a qualidade técnica, a responsabilidade ética e a legalidade desses documentos, protegendo tanto o profissional quanto o cliente. A resolução enfatiza a necessidade de clareza, precisão e objetividade na linguagem utilizada, além de destacar a importância da confidencialidade e do sigilo profissional.
O descumprimento da resolução pode acarretar sanções éticas e legais para o psicólogo. A importância da resolução reside na padronização da prática, promovendo a segurança e a credibilidade dos pareceres psicológicos.
Estrutura de um Parecer Psicológico, Exemplo De Parecer Psicológico De Acordo Com A Resoluçao 06

A estrutura de um parecer psicológico, de acordo com a Resolução CFP nº 06/2018, deve ser organizada de forma lógica e coerente, facilitando a compreensão do conteúdo. A apresentação clara e concisa das informações é fundamental para garantir a eficácia do documento. A seguir, apresentamos os elementos essenciais, organizados em uma tabela responsiva:
Identificação | Descrição da Demanda | Procedimentos | Conclusões (Não Incluídas Neste Exemplo) |
---|---|---|---|
Nome do paciente, data de nascimento, profissão, etc. Dados do solicitante do parecer e do psicólogo. | Ex: “A demanda consiste na avaliação psicológica para fins de guarda compartilhada, solicitada pelo Juiz da Vara da Família.” Ou: “O objetivo da avaliação é verificar a capacidade cognitiva do paciente para o retorno ao trabalho.” | Ex: “Foram utilizados testes psicométricos (WISC-IV, Bender-Gestalt), entrevista clínica e análise de prontuário.” Ou: “A avaliação consistiu em observação comportamental em ambiente escolar, entrevistas com pais e professores, e aplicação de escalas de avaliação de comportamento.” | (A seção de conclusões seria incluída em um parecer completo) |
Descrições concisas da demanda devem ser objetivas e direcionadas ao propósito da avaliação. Métodos como entrevistas, observações, testes psicológicos e análise de documentos devem ser detalhados na seção de procedimentos.
Aspectos Éticos na Elaboração do Parecer
A confidencialidade e o sigilo profissional são pilares éticos na elaboração de um parecer psicológico. Informações sensíveis devem ser tratadas com o máximo cuidado, respeitando a privacidade do paciente. Conflitos de interesse, como vínculos pessoais com o paciente ou o solicitante, devem ser evitados ou explicitados no documento, garantindo a imparcialidade do profissional. Violações éticas podem ocorrer, por exemplo, ao divulgar informações sem consentimento, ou ao emitir um parecer baseado em informações insuficientes ou tendenciosas.
A ética impõe a responsabilidade de garantir a integridade e a objetividade do documento.
Linguagem e Redação do Parecer Psicológico
A clareza, a objetividade e a precisão são fundamentais na linguagem utilizada. Evite jargões técnicos excessivos e utilize uma linguagem acessível ao público-alvo. Exemplos de frases claras: “O paciente demonstrou dificuldade em manter o foco durante a entrevista”; “Observa-se comportamento de evitação em situações sociais”. A linguagem técnica precisa deve ser utilizada apenas quando necessária para a descrição de conceitos específicos.
Exemplos de Pareceres (sem conclusões)
Exemplo: Avaliação de Capacidade Parental
- Entrevista com ambos os pais, buscando compreender seus estilos parentais e a dinâmica familiar.
- Aplicação de testes projetivos (Rorschach, TAT) para avaliar aspectos emocionais e relacionais.
- Observação da interação entre os pais e a criança em ambiente lúdico.
- Análise de documentos relevantes, como laudos médicos e relatórios escolares.
Exemplo: Avaliação para Benefício Previdenciário
- Avaliação neuropsicológica, incluindo testes de memória, atenção e funções executivas.
- Entrevista clínica para levantamento da história de vida e da sintomatologia apresentada.
- Análise de documentos médicos e de exames complementares.
- Observação do desempenho do paciente em atividades cotidianas, se possível.
Exemplo: Avaliação em Contexto Escolar
- Observação do comportamento do aluno em sala de aula, registrando interações com colegas e professores.
- Entrevista com professores e pais para coletar informações sobre o desempenho acadêmico e o comportamento do aluno.
- Aplicação de testes psicológicos para avaliar habilidades cognitivas e emocionais.
- Análise de registros escolares, como boletins e relatórios de progressão.
Implicações da Resolução CFP nº 06/2018 na Prática Clínica
A resolução promove maior rigor técnico e ético na elaboração de pareceres, contribuindo para a qualidade do serviço prestado pelos psicólogos. A padronização facilita a comunicação entre profissionais e outros agentes envolvidos, além de garantir maior segurança jurídica para o psicólogo. Boas práticas incluem o uso de linguagem clara, a organização lógica do documento e a busca por informações complementares sempre que necessário.
Recursos adicionais incluem livros, artigos científicos e cursos de atualização profissional sobre a temática.
Em resumo, dominar a arte de elaborar um parecer psicológico conforme a Resolução CFP nº 06/2018 é essencial para a prática ética e profissional do psicólogo. Este documento, além de esclarecer os aspectos formais e legais, destaca a importância da responsabilidade profissional e a necessidade de uma linguagem clara e objetiva. A atenção aos detalhes éticos e a busca constante por aprimoramento na redação garantem a produção de pareceres consistentes, que contribuem para a tomada de decisões justas e informadas, protegendo os direitos e o bem-estar dos indivíduos envolvidos.
Lembre-se: a precisão e a clareza são imprescindíveis para a credibilidade do trabalho do psicólogo.